Artigos

Kindle Paperwhite: vale a pena?

O Kindle Paperwhite, e-reader da Amazon se destaca pelo design à prova d’água, um espaço interno de memória de 32 GB e um aumento no brilho máximo da iluminação embutida. Afinal, o Kindle Paperwhite vale a pena? Ele é mais vantajoso do que o Kindle básico? Justifica o preço mais alto? Ou é melhor juntar mais algum dinheiro e comprar o Oasis de uma vez? Se eu já tenho um Paperwhite, vale a pena trocar pela nova versão? Como proprietário de um Kindle Paperwhite da 10ª Geração de 32GB, eu vou responder algumas dessas dúvidas.

Qual a diferença entre os Kindles?

O Kindle Paperwhite é um excelente modelo possuindo iluminação embutida, espaço interno de 8GB ou 32 GB, além de ser à prova d’água. Já o Kindle Oasis, se diferencia por ter mais iluminação, sensor de luz adaptável, botões de virada de página e uma tela maior na diagonal. Em resumo, são pequenos detalhes que podem fazer toda a diferença para quem já está acostumado a usar um e-reader, mas que, para um iniciante, podem parecer apenas cosméticos. A experiência de leitura é apenas levemente diferente de um para o outro.

No caso do Kindle Paperwhite, o grande diferencial é a iluminação embutida com LEDs e a tela de alta resolução, semelhante à do Kindle Oasis. Estes sim são detalhes que afetam a experiência. Ao contrário do que muita gente pensa, a iluminação embutida não serve só para ler no escuro. Locais mal iluminados ou com muitas sombras também podem atrapalhar a leitura num Kindle básico, que, por padrão, tem uma tela e-ink mais “escura”. Com a iluminação interna do Paperwhite, você pode ler tranquilamente mesmo com o brilho baixo e ao contrário de telas de OLED e LCD de smartphones e tablets, o brilho na tela de um Kindle é bem mais confortável e não deixa a visão cansada.

Vale a pena trocar o meu Kindle pelo da nova geração?

O Kindle Paperwhite disponível no site da Amazon é uma ótima opção no quesito custo-benefício, aliando o que há de melhor no Oasis a uma etiqueta de preço um pouco mais modesta. A grande diferença de uma geração para a outra é a certificação IPX8, que garante que o dispositivo sobreviva a até 2 metros de profundidade na água doce por, no máximo, 60 minutos, algo que o modelo topo de linha já tinha há algum tempo.

Além disso, o brilho máximo aumentou e agora a parte frontal do aparelho é totalmente plana, como a do Kindle Oasis. Sem falar no espaço interno de armazenamento, que pode ser de 8 GB ou de 32 GB, e a portabilidade: o novo modelo é mais fino e mais leve que o antecessor. Outra diferença é que a nova geração do Paperwhite não tem mais versão com 3G integrado. A Amazon argumenta que o recurso não era muito buscado pelos usuários e acabava deixando o preço do produto mais salgado. A opção com mais memória, segundo a empresa, seria mais vantajosa.

Sendo assim, vale a pena o upgrade? Tudo depende do quanto você precisa de um e-reader à prova d’água. Se você é do tipo que gosta de ler no chuveiro, na chuva ou na piscina (na praia não, porque a Amazon não garante proteção contra água salgada), então vale a pena. Mas se você raramente usa o seu Kindle nestas situações, o upgrade é desnecessário. As outras mudanças são pequenas demais para justificar o investimento num aparelho que faz basicamente as mesmas coisas que o seu Paperwhite atual já faz.

Design, hardware e software

O Kindle Paperwhite à prova d’água tem um design mais refinado que o antecessor, e que o modelo básico. Ele tem a parte frontal plana, como a do Oasis, e é mais fino e mais leve com 8,1 milímetros de espessura e 182 gramas. Ainda não é tão ergonômico quanto o Oasis, que permite concentrar o peso do aparelho na mão que você usa para segurá-lo. As bordas mais finas do Paperwhite, sem botões físicos para trocar de tela, também podem fazer com que você acabe esbarrando na tela sensível ao toque sem querer algumas vezes.

A tela de alta definição (300 pixels por polegada), somada aos LEDs de iluminação, tornam a leitura mais agradável do que na versão mais básica do aparelho. O novo Paperwhite também está levemente mais rápido que o antecessor, mas não o suficiente para tornar a experiência de uso realmente veloz. Há ainda um pequeno e incômodo atraso após os toques na tela. Na maior parte do tempo, isso não incomoda, já que você só vai tocar na tela quando precisar trocar de página. Mas navegar pelas configurações e menus de personalização já é um pouco mais chato. Digitar no navegador integrado ou na loja de ebooks é ainda mais desajeitado.

A bateria também mudou pouco. Em tese, ela deve durar um pouco menos devido à lâmpada de LED extra em comparação com o Paperwhite anterior, mas a diferença é imperceptível, e ainda é suficiente para vários dias longe da tomada. A conexão continua sendo USB (adaptador de energia pode ser adquirido separadamente) e a unidade de armazenamento agora pode ser de até 32 GB. Cada e-book chega a pesar apenas alguns poucos megabytes, de modo que o armazenamento básico de 8 GB é mais do que suficiente para a maioria dos usuários por muitos anos. O espaço extra pode servir para quem quer baixar audiobooks pela Amazon.

Como já é tradição, o Kindle aceita a maioria dos arquivos de e-books, sendo que a maioria dos livros comprados pela loja online da Amazon estão em AZW3, AZW ou MOBI. Ele aceita arquivos PDF, mas a reprodução dependendo do conteúdo pode resultar em alguns bugs de formatação. Em termos de software, não há grandes novidades: whispersync, recurso que sincroniza o seu progresso e sua biblioteca entre vários dispositivos e também no aplicativo para celular; dicionário off-line e verbetes da Wikipédia para palavras selecionadas online; e as Dicas de Vocabulário, que auxiliam na leitura de livros em inglês. Uma novidade é que, com o lançamento do novo Paperwhite, todos os Kindles ganharam uma atualização no menu de personalização. Agora você pode definir conjuntos de configurações de leitura, como uma com a fonte maior e o parágrafo menor, outra com uma orientação e tipografia diferentes, e pode alternar rapidamente entre essas pré definições sempre que quiser.

Vale a compra? Qual Kindle é o melhor?

O novo Kindle Paperwhite é o campeão do custo-benefício no portfólio atual da Amazon. É ideal para quem já teve um Kindle, ou possui algum e-reader mais simples ou mais antigo, e está pensando em revitalizar seu hábito de ler livros digitais. Se você nunca teve ou experimentou um e-reader, e não sabe se vai curtir a experiência, a escolha ideal talvez fosse o Kindle básico. Além de mais barato, ele é leve e fácil de transportar de um lado para o outro, possui uma bateria de longa duração e, em resumo, dá para o gasto.

A iluminação embutida é um recurso que faz muita diferença e pode tornar a experiência de leitura bem melhor. Mas se você escolher um Kindle sem esse recurso, não vai sentir muita falta, já que nem mesmo livros físicos têm luz própria, não é mesmo? O caso é que, depois de usar um Kindle Paperwhite – especialmente o novo modelo à prova d’água – vai ser difícil querer usar a versão básica. O Oasis, por sua vez, é o topo de linha feito para quem quer o melhor possível em e-books, não abre mão de qualquer recurso e não tem limite de orçamento.

O novo Kindle Paperwhite faz o básico muito bem e vai além, com design mais enxuto e uma bem-vinda proteção contra água. É um modelo de e-reader que não vai te decepcionar em quase nada – só na hora de ler PDFs. Em todos os outros casos, esta é a compra mais segura que você pode fazer.

randergel

Oi, eu sou o randergel! Sou graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Unigran e pós-graduado em Engenharia de Software, Engenharia da Computação e Docência no Ensino Superior pela Anhanguera. Atualmente, estou desenvolvendo aplicações web e mobile na Google, Microsoft e Samsung.